sábado, 26 de maio de 2007

Montage: androginia em pleno Ceará

O Montage tocou no Mada 2007 no mesmo dia que Dj Hunter esteve por lá discotecando na Feira MIX. Ela acompanhou tudo de perto, e quem viu e ouviu atesta:
Montage é uma banda de electro rock com atitude punk, pop, glam, new wave, e letras que falam sobre drogas, fama, pombajira, dinheiro e até benflogin. Quem diria, o benflogin, aquel anti-inflamatório tomado em dosagens excessivas, tao rodado em São Joões passados em Campina Grande, é mais famoso do que imaginava.

Eles começaram em Fortaleza, em 2005, depois correram pra São Paulo pra tentar o electro por lá com a formação original de Daniel, o vocalista, Leco, e o guitarrista Patrick Bachi - que saiu antes do lançamento do primeiro disco, I Trust My Dealer, pelo selo Mundo, em janeiro de 2006.





O som da agora dupla vem do rock e do eletronico tipo Daft Punk, Garbage, Vive La Fête, Underworld, Chemical Brothers e Prodigy.

A perfomance no palco é descarada e assumidamente influenciada por Madonna, David Bowie e Iggy Pop e pelo resumo atual de tudo isso, o Marilyn Manson.

Eles ainda nao sao tao conhecidos quanto, mas seguem a cartilha do Cansei de Ser Sexy, no mundinho indie, só que o som dos caras é bem mais pesado.




















Mais sobre o Montage e o som dels, no my space:
myspace.com/montagebrazil

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Kraftwerk: os pais da eletrônica parte I

Ralf Hütter e Florian Schneider são, de fato, o Kraftwerk. Foram eles que começaram a idéia de algo novo, muito antes do grupo existir, no final dos anos 60.
A Alemanha daquela época era um vácuo, especialmente cultural. Após a Segunda Guerra Mundial e a divisão entre a Alemanha Ocidental e a Alemanha Oriental, o país sofria uma imensa e violenta crise de identidade cultural. Um das maiores pólos culturais da Europa e do mundo, o país vivia uma época em que a falta de perspectiva era o maior problema para uma juventude anestesiada, que rejeitava a herança deixada e que consumia, como o planeta inteiro, a cultura norte-americana.
A música que tocava era o rock dos Beatles, que ironicamente tinham aprendido muito tocando nos primeiros anos em Hamburgo. O piscodelismo era também consumido, mas nenhum desses estilos casava de forma precisa com as aspirações dos jovens alemães.
A primeira resposta a isso veio com o Can e com o Tangerine Dream, que misturavam o rock psicodélico, o nascente progressivo, com eletrônica e alguns experimentos. Em breve outras bandas como Cluster, Amon Düul II, Guru Guru, Ash Ra Tempel e outras ocupavam uma cena faminta por novidades. Mas ainda faltava algo. Faltava uma grande banda, um grande nome, uma unanimidade.
Essa unanimidade já existia e fazia parte de um grupo chamado Organisation. No Organisation, participavam dois jovens que seriam o núcleo de algo bem grande - Ralf Hütter e Florian Schneider. E o Organisation era um grupo relativamente organizado e com bons instrumentos, tanto que o guitarrista do Can, Michael Karoli, lembra que sua banda cansou de usar os instrumentos alheios em shows, como na primeira apresentação do Can.
Ralf e Florian se conheceram em um conservatório de Dusseldorf, onde eram estudantes. Ralf tocava órgão e Florian, flauta. Como boa parte dos músicos alemães, os dois possuíam uma sólida formação clássica e teórica, mas não queriam se aventurar pela música de câmara. Os dois queriam misturar seu conhecimento com improvisos e com a eletrônica.


O Organisation era composto por cinco músicos - além de Ralf e Florian, faziam parte o vocalista Basil Hammoudi, o baixista Butch Hayf e o baterista Fred Monicks. Em 1970, o grupo lançou um disco chamado Tone Float. O disco trazia elementos psicodélicos, percussivos e minimalistas, sendo produzido por Conny Plank. Plank conseguiu um acordo para o grupo com a RCA britânica, por onde foi lançado o álbum. Mas a gravadora não sabia o que fazer com o som deles e os tentou rotular de "King Crimson alemão", o que foi um desastre. O mais curioso é que o trabalho não foi lançado na Alemanha à época e ele tinha que ser importado.
O Organisation acabou não resistindo ao fracasso de estréia e Ralf e Florian resolveram criar um novo grupo. Mas, ao invés de copiar ou seguir adiante com o modelo de sua ex-banda, buscavam algo novo. O primeiro passo foi construir um estúdio particular, onde poderiam trabalhar exaustivamente por horas e horas. O segundo foi chamar dois novos integrantes, Andreas Hohman e Klaus Dinger.
E faltava escolher um nome, uma marca que pudesse traduzir perfeitamente a proposta da banda e que soasse bastante alemã. Como Dusseldorf fica dentro do coração industrial da Alemanha foi escolhido o nome Kraftwerk, que nada mais é do que "usina de força".



Com o nome escolhido, convidaram Conny Plank, o mesmo produtor do Organisation, para produzir o primeiro disco da banda. Kraftwerk foi produzido entre julho e agosto de 1970. O disco trazia alguns elementos interessantes, embora distantes do som com que o Kraftwerk ficaria famoso. "Ruckzuck" abre com flauta e ruídos eletrônicos. "Stratovadus" fecha o lado A. "Megaherz" e "Von Himmel Hoch", as duas do lado B, eram faixas primitivas demais para um grupo que marcaria época.
E o grupo teve a primeira crise interna quando Hohman resolveu deixar o grupo, sendo substituído por Michael Rother, um guitarrista e pelo baixista Eberhardt Krahnemann. E o baixista abriu uma segunda crise após uma gravação deixando o grupo e sendo seguido por Ralf Hütter. No entanto, Florian não perdeu a calma e continuou trabalhando com Dinger e com Rother.

Dinger
Como trio, a banda fez a primeira aparição na televisão alemã, tocando "Truckstop Gondolero", por sete minutos e usando os cones que haviam usados na capa do primeiro disco em volta deles. Tudo isso no programa de rock Beat Club.
E, ao mesmo tempo em que Dinger e Rother anunciaram que deixariam o Kraftwerk para começarem um novo grupo (Neu!, que também faria história dentro do rock alemão), Ralf volta à banda e começam a gravar um novo trabalho.







Michael Rother



Kraftwerk 2 é um disco mais eletrônico, já que a banda precisou usar uma primária bateria eletrônica para suprir a ausência do baterista Dinger.
O disco abre com "Klingklang", que seria o nome do estúdio do grupo e fecha o
primeiro lado com "Atem". No lado B, mais quatro faixas: "Strom", "Spule 4",
"Wellenlange" e "Harmonika". No entanto, esse disco já mostra uma maior preocupação em estruturar as canções, já que Ralf e Florian não queriam se perder em improvisos como no disco do Organisation.




A primeira virada na carreira da dupla seria com o disco Ralf and Florian, de 1973. O duo começou a forjar toda sua essência sonora a partir desse disco, já gravado no Kling Klang, e tremendamente influenciado por um jovem estudante de violino, Emil Schult. Schult seria ao longo dos anos um membro não-oficial, ajudando nas letras e a moldar a concepção visual do grupo. "Tanzmuzik" já trazia elementos que seriam usadas alguns anos mais tarde na música disco, mostrando o quanto poderiam ser visionários e conectados com as novas tendências. As canções do disco eram, no lado A: "Elektrisches Roulette", "Tangebirge", "Kristallo", "Heimatklange" e no lado B: "Tanzmuzik" e "Ananas Symphonie".
E a grande mudança viria no ano seguinte quando se tornariam, de longe, o grupo alemão mais bem-sucedido até então. Tudo isso por causa de uma canção que exaltava as auto-estradas construídas por Adolf Hitler e que haviam acabado com o verde dentro da Alemanha: Autobahn.


Autobahn foi a primeira vez em que o Kraftwerk atingiu o grand público e não apenas na Alemanha. O disco marca uma total e radical mudança no som do Kraftwerk. Novamente um quarteto, com as aquisições do guitarrista Klaus Roeder e do percussionista Wolfgang Flür, o Kraftwerk percebeu que o som da banda estava nos sintetizadores que se popularizavam cada vez mais.
Mas o grande susto foi quando alguém - não se sabe ao certo o dono da idéia - pegou a longa faixa "Autobahn", de 22 minutos e resolveu editá-la em pouco mais de três minutos e distribuir às rádios. Foi um estouro mundial, que pegou a banda e gravadora desprevenidas.
"Autobahn" falava de algo que fazia sentido para os alemães - entrar em um carro popular e rasgar a Alemanha dentro das suas modernas, largas e seguras auto-pistas. Apesar disso, a canção bateu rapidamente entre as 30 mais nos Estados Unidos e ficou entre as 20 mais na Inglaterra.
Com o sucesso do disco, a banda saiu excursionando e imediatamente trocou o guitarrista Roeder por um segundo percussionista, Karl Bartos e tocou por Europa e Estados Unidos. Nessa época, a banda recebeu o rótulo de "space rock", designados aos grupos progressivos, e, em especial, o Pink Floyd. Apesar de não gostarem do rótulo, Ralf e Florian não o achavam tão ruim.
"Nós temos algumas referências ao espaço em nossas músicas, como em "Kometenmelodie", mas por outro lado, temos referencias bem terrestres como o corpo humano e o dia-a-dia", explicou em uma entrevista de 1975, Ralf.
"Nós crescemos impressionados com a tecnologia e o maquinário rítmico que usamos na nossa música, assim como nos aspectos mecânicos da vida moderna. A tecnologia não é uma inimiga para nós, nós a usamos de maneira adequada. Também gostamos de coisas naturais, mas é errado falar que isso é melhor ou pior do que a máquina. Você deve aceitar essas coisas", disse Florian.
Os dois explicavam porque o ritmo era tão importante para o Kraftwerk: "pode não parecer, mas nós alemães gostamos de ritmo e atualmente algumas companhias de danças da Alemanha usam nossas músicas para criar danças em cima delas. A coregrafia parece uma dança de robôs, com movimentos mecânicos. É esse tipo de dança que faremos no palco. Não é mexer todo seu corpo, mas você se sentirá dançando. Seu cérebro dançará", garantia Ralf.
Ralf explicava que o grupo era uma orquestra no palco: "nós criamos um único instrumento, uma espécie de alto-falante. Nós faremos mixagens, acionaremos tapes e tocaremos todo o aparato que forma o Kraftwerk, incluindo luzes e a atmosfera."
Florian explicava que eles gostavam de improvisar sob temas orientais, que não possuem uma estrutura tão delimitada quanto a ocidental ou até sobre temas clássicos.
"O que mais gostamos é tocarmos as notas essenciais. Uma das coisas mais tediosas nos anos de conservatórios era a obrigatoriedade de tocar várias notas em tantos segundos ou minutos. Nós tentamos soar da maneira mais simples e direta possível."

Em 1975, a banda daria outro susto lançando outro disco inovador, Radio-Activity (ou Radio-Aktivitat, em alemão).
O álbum marca uma importante mudança para o Kraftwerk, que havia deixado a gravadora Philips e assinado com a E.M.I. que havia dado um generoso adiantamento e uma parte dos futuros lucros para gravarem o novo disco, que o Kraftwerk prometia ser melhor do que Autobahn.
O disco abre com a faixa "Geiger Counter" (ou Geigerzahler) simulando uma batida de coração, depois um código morse e uma voz fria, glacial declamando a palavra-título. E, seguindo a mesma idéia do trabalho anterior, Radio-Activity teria um fio-condutor, como era corrente nos álbuns de rock progressivo. A diferença seria o tema e a simplicidade por detrás de tudo, ao invés dos exageros das bandas inglesas.
Esse trabalho pode ser considerado o primeiro totalmente eletrônico feito pelo grupo e o primeiro a conter letras em inglês e a partir de então os discos seriam lançados sempre em duas versões: em inglês e em alemão.
O primeiro single tirado do disco foi a faixa-título, que assim como "Autobahn" teve que ser editada. Mas, o single não fez sucesso, com exceção da França, onde teve uma boa vendagem. No mesmo ano é editado uma coletânea do grupo chamada Exceller 8.
Nos Estados Unidos, o grupo era considerado uma daquelas bandas de um único sucesso, apesar do crescente número de fãs. Mas foi na Inglaterra que o Kraftwerk experimentou uma grande popularidade, principalmente dos nascentes grupos punks, que viam no som do Kraftwerk uma rejeição aos valores tradicionais do rock and roll.

David Bowie
A fama da banda cresceu muito quando David Bowie confessou sua paixão pelo som do grupo. Afinal, crítica e fãs grudavam-se às palavras do cantor como uma tábua dos Dez Mandamentos.
Na turnê promocional de seu antológico disco Station to Station, de 1976, Bowie tocava uma fita com músicas do Kraftwerk e chegou a convidar o grupo a abrir seus shows, convite esse recusado. No ano seguinte, o cantor inglês iria morar em Berlim e estreitaria ainda mais os laços com o Kraftwerk.
Mas o Kraftwerk não parava de trabalhar. E, em 1977 lançam o que pode ser considerado sua grande obra-prima, o disco Trans-Europe Express.




Trans-Europe Express foi um sucesso monumental e um dos mais importantes lançamentos no ano marcado pela explosão do punk-rock. Mas o Kraftwerk não fazia referência ao novo estilo musical e sim a Bowie. Bowie havia gravado dois discos fortemente influenciados pelos alemães, o semi-instrumental Low e "Heroes", além de produzir o primeiro disco-solo de Iggy Pop, The Idiot.
No disco "Heroes", Bowie escreveu V-2 Schneider, em homenagem à Florian. E o Kraftwerk não deixou por menos, citando nominalmente Bowie e Pop na faixa-título. E se Bowie se esforçava para cantar em alemão, o Kraftwerk escrevia cada vez mais em inglês.


O Kraftwerk nessa época era visto por alguns críticos como um grupo por demais teutônico e suas idéias eram encaradas com desprezo. Havia quem os considerasse os "Beach Boys alemães" por cantar a alegria de guiar em uma auto-estrada. Sua música era considerada fria, distante e inócua. Em Trans-Europe Express, o grupo faz uma denúncia toda pessoal da condição humana. "Showroom Dummies", por exemplo conta a história de manequins de vitrine que ganham vida; "The Hall of Mirrors", fala da sensação que temos de olharmos para nós em um espelho e não nos reconhecermos.
Mas o disco acabou não tendo sucesso comercial, alcançado resultados modestos nas paradas de sucesso. O Kraftwerk começava a enfrentar um sério problema com a gravadora, que aplicava muito dinheiro no grupo e via um retorno apenas modesto. Mas essa dúvida seria quebrada com o novo disco, The Man-Machine.


A idéia central do novo disco vinha de tempos, desde a excursão americana de 1975. Ralf e Florian sonhavam em serem substituídos por robôs parecidos com eles. No imaginário dos dois, os robôs poderia fazer de tudos - desde se apresentarem ao vivo até em conferências com os jornalistas. Era um conceito irônico, mostrando que as pessoas haviam sido automatizadas pela vida. E dessa vida, os próprios integrantes poderiam cuidar mais da parte musical.



Na época, o máximo que podiam fazer era adaptar manequins com os integrantes fazendo as vozes por trás. Com esse conceito nasce o disco The Man-Machine, de 1978, que reservaria várias surpresas. A maior delas foi dar ao grupo, um primeiro lugar nas paradas, com "The Model", mas em 1982, quatro anos depois! A primeira polêmica sobre o disco veio pelo uso das cores vermelho e preto, utilizadas pelos nazistas. O grupo respondia, de forma irônica, que o vermelho simbolizava os países comunistas. O que o grupo pregava era a total falta de individualidade das pessoas e a total uniformidade das sociedades modernas.
O disco consistia em seis faixas: "The Robots", "Spacelab", Metropolis (lado A); "The Model", "Neon Lights" e "The Man Machine" (sem hífen, no lado B). As canções falavam de amor, vida nas grandes cidades, nostalgia, tecnologia, comportamento humano e socidade.


Até então, o grupo experimentava um desempenho pífio nas paradas de sucessos e isso inquietava a banda. Apesar das vendagens de LPs serem boas e os fãs aumentarem sempre, o grupo não conseguia sucesso nas rádios. Tudo isso mudaria com o próximo disco, Computer World, lançado em 1981.
Computer World falava da importância que os computadores ocupavam na vida. Desde uma simples calculadora - "Pocket Calculator" - até o amor pelo computador - "Computer Love" e os primeiros passos no uso doméstico - "Home Computer". Algumas críticas disseram que o Kraftwerk havia perdido o ato de prever o futuro e que eles estavam abordando assuntos banais. Mas o fato é que o grupo sempre se cercou e falou dos temas cotidianos da vida. Outra crítica era de caminharem na contramão dos acontecimentos dentro da Alemanha, já que o Kraftwerk celebrava a chegada da tecnologia, enquanto o computador central da polícia alemã causava uma paranóia em seus cidadãos.
O grupo lançou um compacto com as canções "Computer Love", tendo no lado B "The Model". O disco alcançou a 36ª posição nas paradas. Ainda assim, ele continou sendo executado na Inglaterra e na Alemanha até que a E.M.I. resolveu relançar "The Model" como um compacto. Em janeiro de 1982 o disco entrou em 21º na parada inglesa e no dia 6 de fevereiro alcançou o primeiro posto das paradas.


Enquanto o disco fazia sua escalada, o grupo estava promovendo seu novo trabalho com a última turnê que fariam até a década de 90.
O grupo colecionou alguns problemas na França, quando o single "The Model" foi relançado com um selo contendo "Number One in England". Irritados, os franceses vetaram o single em seu país.
Um dos grandes motivos para o sucesso do Kraftwerk era a explosão de bandas que faziam do sintetizador seu instrumento favorito, como era o caso do Human League, Soft Cell, Depeche Mode, entre outros.
Os shows eram uma grande celebração com o público. Durante "Pocket Calculator", os integrantes convidavam pessoas da platéia a tocar algumas notas em uma calculadora. Havia ainda uma grande exibição de robôs e muitos desses shows foram pirateados em discos até hoje consumidos. O sucesso também permitiu ao Kraftwerk equipar e modernizar seu estúdio Kling Klang, que agora era portátil e levado para o palco.


Em 1982 o mundo foi surpreendido quando um compacto chamado Planet Rock, de Afrika Bambaataa atingiu as paradas do planeta inteiro. Bambaataa havia feito uma canção em cima de "Trans-Europe Express" e "Numbers", provando a penetração da música do Kraftwerk.
Afrika se recorda da primeira vez que ouviu o grupo alemão: "quando me mostraram Kraftwerk, levei um susto e achei aquilo uma bosta esquisita." A bosta esquisita, no entanto, encheu os bolsos do músico norte-americano e ele acabou sendo obrigado a relançar o compacto com o nome Planet Rock/Trans-Europe Express, após uma ameaça de processo legal e colocar nos créditos os nomes de Ralf e Florian.



Em 1983, o grupo faria, de certa forma, as pazes com os franceses ao lançar o seu mais famoso compacto: Tour de France. Inspirada na famosa corrida ciclística mais tradicional do planeta e esporte que fascina Ralf e Florian, o Kraftwerk compôs a trilha sonora perfeita para a prova. A idéia era fazer um disco inteiro sobre o tema, idéia descartada. A canção acabou tendo vários remixes, mas um grave problema fez com o que a divulgação do mesmo fosse prejudicada. Tudo porque Ralf Hutter sofreu um grave acidente de bicicleta e passou dias internados.
Quando o compacto foi finalmente lançado, a prova já havia terminado e o disco acabou vendo modestas 7.500 cópias na França. A canção chegou a ficar entre as 30 mais na Inglaterra, mas só voltaria com mais força, anos depois.
O grupo anunciou que estava então trabalhando em um novo disco cujo nome seria Technopop e que seria lançado ainda em 1983. Mas vários outros problemas foram adiando o novo trabalho. Pela primeira vez, o Kraftwerk mostrava falta de confiança em suas composições e em seu conceito e os músicos estavam mais ocupados tentando aprender as modernas técnicas de gravação e equipar melhor o Kling Klang.

Dessa maneira, a banda entrou em um estado de hibernação até 1986, quando voltaram com um novo disco, Eletric Café. E o disco foi duramente criticado por sua falta de criatividade, por utilizar idéias forçadas e por terem abandonado a simplicidade.
E as críticas não foram os únicos problemas. As vendagens ficaram aquém do esperado e Ralf teve um novo problema de saúde, sendo internado com uma suspeita de ataque cardíaco. Dessa maneira, o Kraftwerk voltou ao isolamento e só iriam dar as caras na década de 90.




por Rubens Leme da Costa

http://www.beatrix.pro.br/musica/kraftwerk.htm

Kraftwerk: os pais da eletrônica parte II

E o Kraftwerk deu as caras em 1991 após um longo exílio com o disco The Mix. The Mix surpreendeu por ser um disco de remixes. Estaria o Kraftwerk dando um passo para trás em uma carreira pontuada pela ousadia e pelo olhar no futuro? Não para Ralf Hütter.
"Estávamos trabalhando nas faixas para a execução ao vivo, gerando sons digitais e sampleando nossas velhas fitas. Por isso, não são remixes, mas regravações completamente novas." Ralf explicou também que deixaram alguns clássicos de fora para usarem apenas faixas que combinavam. "Tivemos que sacrificar algumas faixas em nome de uma unidade."
Ele alegou que não colocaram nenhuma faixa dos três primeiros discos porque não tocavam mais esse material desde os anos de Autobahn.
Uma das primeiras diferenças presentes no novo trabalho era a ausência dos percussionistas Karl Bartos e Wolfgang Flür. Bartos havia deixado o Kraftwerk em 1987 criticando os métodos de Ralf e Florian, o que aumentava os boatos de que os dois exerciam uma tirania interna. Flür acabou saindo do Kraftwerk em 1990, antes de cinco concertos programados para a Itália. Nesses concertos, Wolfgang acabou sendo substituído por Fritz Hilpert. Sobre a mudança, Ralf explicou: "agora temos um engenheiro eletrônico ao invés dos dois antigos percussionistas e temos mais eletrônica, mais programação e mais engenharia de som."
Flur
Flür deu sua própria versão sobre sua saída da banda: "o Kraftwerk era um grupo que se concentrava apenas em si mesmo. No início dos anos 80, quase ninguém podia avançar neste universo. Existia uma lei interna que pregava a imobilidade e isso matou nossa inspiração. Karl e eu queríamos participar mais da criação musical. Deveríamos ter efetuado mais intercâmbios com outros músicos. Além disso, Ralf e Florian passam mais tempo preocupados com ciclismo do que com a música.
Wolfgang explica que o desgaste já vinha há vários anos: "o auge de toda a tensão foi durante a excursão de Computer World. Naquela viagem pudemos notar nossos limites pela primeira vez. Após a partida de Emil Schult, que era uma espécie de pai para o grupo (acompanhava Kraftwerk nas viagens desde 1975), um elemento chave ficou faltando. E com o controle cada vez mais autoritário de Ralf e Florian eu não vi outra alternativa, a não ser deixar o Kraftwerk."

Henning Schmitz
Na excursão de The Mix, o Kraftwerk excursionou e tocou com Hilpert e com o português Fernando Abrantes, que depois foi trocado por Henning Schmitz, embora o robô de Abrantes continuasse aparecendo nas turnês. Sobre isso, Ralf disse: "é muito mais fácil trocar um membro do que um robô!"
Hütter, aliás, explicou que ele nunca se viu como um ser humano e sim como um autômato: "em alemãp, os sobrenomes são frequentemente de profissões, como Müller (mecânico) e Bauer (fazendeiro). Eu não me sinto como Sr. Hütter, ou mais precisamente como Sr. Kraftwerk. Eu me sinto como um robô."
Kraftwerk em 1991
Hütter afirmou que nunca ligou muito para o aspecto humano dentro do grupo, apenas para o aspecto profissional: "alguns dizem que produzimos pouco, mas a verdade é que trabalhamos duro todos os dias. Nós digitalizamos completamente nossas músicas antigas, elas estão todas salvas em disco rígido. É o nosso arquivo sonoro. Ele nos fará permanecer. Além dos mais, acho bela a solidão. O silêncio é importante para o ser humano, porque somos constantemente incomodados pelo ruído da música. É por isso que exijo dias de silêncio total."
Esse tipo de pensamento fez com que alguns rotulassem o grupo de fascistas e de estabelecerem uma verdade extremamente cruel com o mundo: "é bobagem essa coisa de nos chamarem de fascistas. Apenas temos uma maneira de trabalhar, que pode ser dura para outras pessoas. Mas o nosso tipo de som exige uma postura totalmente diferente. E o fato de nos confraternizarmos pouco com nossos fãs é mentira. Gostamos de conversar com as pessoas", afirmou Ralf.
Mas Ralf disse que apesar de todas as críticas, o grupo sempre esteve interessado pelos problemas cotidianos: "a tecnologia hoje está mais próxima do que sempre sonhamos. As limitações estão diminuindo e nossa música é cada vez mais espalhada pelo planeta. Eu adoro sair para dançar e ouvir essas novas bandas usando idéias que tivemos. Ao mesmo tempo, tento reduzir os estímulos externos. Não ouço música, faço música no estúdio e quando saio de casa gosto de ouvir os sons que o ambiente oferece."
Classico: som e robôs sao a mesma coisa
A excursão de The Mix coincidiu com o começo da reunificação alemã após o final da União Soviética e Ralf disse que ficou frustrado com a falta de estímulo das pessoas após o ocorrido: "eu não sei porque está tudo tão modorrento, já que era para estar acontecendo uma avalanche de idéias, seja na música, na literatura ou no cinema. Mas nada aconteceu."
Uma das coisas que mais preocupavam o líder do Kraftwerk era a massificação humana: "não há muita personalidade hoje e não acho que o mundo seguirá um grande líder como aconteceu antes. Agora o movimento se dá através de uma ditadura de massas, do controle remoto. Não vejo sentido em eleições porque votar não significa estar escolhendo algo de qualidade."
A excursão promocional de The Mix levou anos para terminar e algumas apresentações ficaram na história, como a de junho de 1992, em Manchester, em um concerto contra as armas nucleares. Após o sucesso retumbante e a aclamação geral, o grupo voltou a hibernar longamente.

Em 1994, duas coletâneas foram lançadas: The Capitol Years, uma caixa pelo selo californiano Cleopatra, reunindo The Man-Machine, Radio-Activity e Trans-Europe Express, trazendo um libreto, um adesivo e um pôster e The Model: Best Of Kraftwerk.
A banda ainda realizou alguns shows nos anos de 1997 e 1998, sendo três no primeiro no ano e 14 no segundo, incluindo as duas primeiras apresentações em solo brasileiro, nos dias 16 de outubro de 1998, no Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro, e no 17 de outubro, no Jockey Club de São Paulo.
Kraftwerk em 1998
Visualmente, a banda soava mais espetacular do que nunca, utlizando cada vez mais recursos visuais e tornando seu espetáculo único.
Mas o grupo só voltaria a dar as caras com um novo projeto em dezembro de 1999 e ainda assim feito por encomenda: o EP Expo 2000. Seria o primeiro disco de música inédita em 14 anos.
Expo 2000 era o nome de uma feira mundial que aconteceu em Hannover, na Alemanha. Por um EP com quatro músicas, o grupo recebeu um polpudo cheque de 400 mil marcos dos organizadores, o que causou uma grande reclamação no país. As primeiras 5 mil cópias traziam uma capa holográfica.
Além da questão financeira, alguns criticaram o fato do Kraftwerk estar soando exatamente o mesmo há 20 anos. Sobre isso, Ralf comentou: "Nós criamos novos trabalhos, eles são como modelos mentais."
Florian
Expo 2000 não teve nenhum show para a divulgação, mas apesar disso a banda realizou sete apresentações no ano de 2002, entre os meses de setembro e dezembro pela Europa - Bélgica, França, Luxemburgo e dois no Japão. A curiosidade é que em um único dia - 26 de setembro - a banda deu três shows - dois em Paris e um em Luxemburgo.
Durante essas apresentações, especulava-se que o grupo iria lançar em breve um novo disco. Ralf confirmou que existia, de fato, um projeto, mas se recusava a dizer qual: "nós trabalhamos todos os dias e algo sairá brevemente, mas ainda não posso dizer sobre o que será."
O ano de 2003 começou com uma série de oito shows entre os dias 17 de janeiro e 2 de fevereiro, na Nova Zelândia e na Austrália. E no mesmo ano, o grupo surpreende lançando Tour de France Soundtracks. Mais do que regravar o antigo e clássico EP sobre a Volta da França, o grupo fez novos temas. O disco faria parte das comemorações do 100 anos da prova. Porém, o grupo acabou atrasando o organograma e disponibilizaram apenas a última faixa do trabalho para a prova.
Ralf relata mais uma vez que era grande amante da prova e que todos os anos participa, ao menos, das etapas montanhosas. Segundo ele, "se correr sem pressa, não exige um grande esforço. Para o nosso álbum nós gravamos o ruído de bicicletas e da respiração humana. Esta sensação de "flutuação" é conhecida como "estar correndo na bicicleta sem a corrente", assim como um concerto com música tocando de forma automática."
Kraftwerk em 2004
O líder do Kraftwerk conta que o projeto foi adiado por décadas: "em 1983 nós já tínhamos o conceito para o álbum Tour de France. Ele só acabou se tornando um single porque nós começamos a trabalhar no álbum Technopop, que acabou se tornando o Electric Café. Depois disso nós digitalizamos todas as nossas gravações. No último outono nós nos apresentamos no Cité de la Musique em Paris com laptops pela primeira vez. Agora nós temos mais mobilidade com nosso estúdio."
Ralf também explica que uma das grandes diferenças foi o "emagrecimento" do estúdio da banda, Kling Klang: "o Kling Klang costumava pesar várias toneladas. Em 1998 nós viajamos com ele através do mundo. Agora nós o reduzimos a uma plataforma digital. Praticamente podemos carregar nosso estúdio como uma bagagem de mão. E funciona muito bem em diferentes climas. Nós nos apresentamos no Japão a baixas temperaturas e também no calor da Austrália. Foi fantástico."
Kraftwerk em 2004
Sobre o ritmo lento de produção do grupo, mais uma vez ressaltou que trabalham totalmente sozinhos e criticou novamente Wolfgang Flür, que acusou a banda de estar mais preocupado com o ciclismo do que com a música: "ele era apenas um dos percussionistas que nós empregamos para concertos e gravações. Sua afirmação está errada. Ele não pode julgar o ciclismo porque ele nunca o praticou."
Após um ano do lançamento do disco, a banda saiu novamente em excursão pelo mundo, fazendo 69 apresentações no ano de 2004, onde passaram, mais uma vez pelo Brasil, em três shows no mês de novembro: nos dias 5 e 6 tocaram no TIM Festival, em São Paulo e no Rio de Janeiro e no dia 8, em Brasília.

Esses concertos acabaram rendendo o novo disco do grupo, gravado ao vivo: Minimum-Maximum. Um álbum duplo que mostra, pela primeira vez, seus clássicos, ao vivo, músicas que eram consumidas avidamente em centenas de discos piratas.
Discografia
Kraftwerk (1971)
Kraftwerk 2 (1972)
Ralf and Florian (1973)
Autobahn (1974)
Radio-Activity (1975)
Exceller 8 (1975)
Trans-Europe Express (1977)
The Man-Machine (1978)
Computer World (1981)
Tour de France (1983)
Electric Café (1986)
The Mix (1991)
The Capitol Years (1994)
The Model: Best Of Kraftwerk (1994)
Expo 2000 (1999)
Tour de France Soundtracks (2003)
Minimum-Maximum (2005)



por Rubens Leme da Costa

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Batidas quebradas reinam no skol beats 2007








Abaixo segue materia do jornalista Luis Depeche, publicada no uol (http://fiberonline.uol.com.br/informacao.php?id=2748&ndet=1), dia 08 de maio, sobre o skol beats 2007. reproduzimos o texto, na integra, por se tratar do principal festival de musica eletronica do país, e neste caso, na edição deste ano, recebeu destaque o breakbeat, especialidade nos Sets da Dj Hunter.


"Se na edição anterior do Skol Beats o electrohouse foi soberano e o minimal explorou um lado mais “cabeça” em algumas tendas, e principalmente no Skol Live Stage com Click Box e Gui Boratto, neste ano o que tomou conta de grande parte dos picapes e laptops foi o breakbeat, estilo que influenciou bastante as produções eletrônicas do início dos 90 como The Prodigy, Depth Charge, Fluke e teve no drum´n´bass e no big beat uma de suas principais mutações. Em resumo, as batidas mais quebradas foram o grande destaque. Tanto no set impecável de Marky com Laurent Garnier e no som da dupla audiovisual Addictive TV, como também na apresentação do Crystal Method.

A dupla Addictive TV fez uma apresentação de encher os olhos e os ouvidos, com sua homenagem ao futebol e precisão e criatividade ao mixarem imagens e sons. Com a mega estrutura montada no palco do Skol Live Stage, o impacto foi fulminante e os Addictive TV fizeram uma das apresentações mais legais da programação. Não é a toa que eles marcararam presença nos dois dias do evento.

O set teve grandes momentos como uma versão poderosa de “I Feel Love”, com direito a imagens da musa da discoteca nos diversos telões espalhados estrategicamente pelo palco e arredores. Em seguida, imagens de Pelé e de outros astros do futebol brasileiro em ação, Zé Pequeno e trechos de Cidade de Deus, com samples de diálogos do filme sobre uma das faixas. A interação entre imagem, luz, som e público foi perfeita em ambas apresentações.
No final do set, uma homenagem aos Rolling Stones com “Satisfaction”, imagens de Mick Jagger diretamente dos anos 60 e um mash up de “Rapture” do Blondie com “Riders on the Storm” do Doors, duas das mais influentes bandas do pop e do rock mundial.

Outra atração que cativou os presentes no Skol Live Stage foi a do Chrystal Method, no segundo dia. A platéia se incendiou ao som de big e breakbeat, algumas incursões de grande efeito pelo 4x4, mas nenhuma inovação, “eletronicamente falando”. O set teve partes inusitadas, como “Killing in the Name “ do Rage Against the Machine e momentos previsíveis, como “Spin Spin Sugar” do Sneaker Pimps, “Smack My Bitch Up” do Prodigy e o encerramento com “Busy Child”, de autoria da dupla. A identidade musical dos 90 ficou um tanto redundante."

Vogue: João Pessoa


Dj Hunter tocara neste sábado, dia 12 de maio, como convidada especial, da mais nova casa noturna de João Pessoa, a capital paraibana, a boate Vogue. No set: house-tribal e electro-house. A discotecagem começa a partir de meia noite.



quarta-feira, 9 de maio de 2007

Festinha no Cabaré: Ménage à trois leva música eletrônica à Ribeira

“Ménage à trois” ou simplesmente “Ménage” é uma expressão utilizada para designar os relacionamentos sexuais entre três pessoas. (Fonte: Wikipédia). O termo acabou servindo de inspiração para uma festa eletrônica super inusitada e nada comportada. A Ménage à trois vai reunir três DJ´s, com três propostas eletrônicas distintas numa rave inside que vai abalar as estruturas do tradicional cabaré Café Paris, localizado no bairro da Ribeira, em Natal-RN. A festa acontece no dia 18 de maio, a partir das 23hs, sem hora pra terminar!Os DJ´s François (Electro), Ruído Rosa (Tribal) e Hunter (electro-house), esta última vinda de Campina Grande/PB, prometem sets quentes e climáticos como a ocasião pede. O DJ Maccaco abre a noite fazendo um set de Minimal. A noitada contará ainda com a participação das 22 meninas que trabalham no Café Paris, fazendo performances de strip-tease para o público, além de uma decoração psicodélica-geométrica e de uma iluminação quente para compor o clima sexual da festa.O acesso à festa custa R$ 10,00 e os ingressos só estarão à venda na hora! Informações: (84) 9147-1470. A realização é do Núcleo Anti-monotonia que em breve estará anunciando outras aprontações pela cidade.




De cima para baixo: Dj Hunter, Dj François, Dj Ruído Rosa






Serviço:Ménage à Trois
Café Paris - Ribeira - Natal-RN
18 de maio
23hs
R$ 10,00
Mais informações...Marcílio Amorim (84-9147-1470)


Release enviado por Marcilio Amorim

terça-feira, 8 de maio de 2007

Kruder & Dorfmeister

A dupla de produtores austríacos Peter Kruder e Richard Dorfmeister ficou famosa pelas suas remisturas para uma lista de artistas como Lamb, William Orbit, Bomb the Bass ou Depeche Mode, que os tornaram num dos mais respeitados nomes no circuito da música de dança. Esta dupla vienense começa a fazer o seu nome com dois aclamados álbuns de 1996, "Conversions", para a editora Spray/BMG, e "DJ Kicks" para a belga
Stud!o K7. Depois de fundarem a sua própria
etiqueta, a G-Stone Recordings, editam o clássico EP "G-Stoned", em 1993. Em 1998, editam novo e clássico álbum: "The Kruder & Dorfmeister Sessions". Um disco que reúne as suas remisturas de artistas bem conhecidos como Depeche Mode, Bone Thugs-n-Harmony ou Roni Size, bem como de grupos de culto
europeus, caso dos Sofa Surfers, Count
Basic ou
Rainer
Trüby Trio. Criando algo único a que podemos chamar uma sonoridade K&D. Kruder & Dorfmeister conseguem aliar drum'n'bass vocal, dub, big beat, hip-hop, funk e jazz, em regime de excelência na manipulação do breakbeat. Richard Dorfmeister, envolve-se no projecto paralelo Tosca, com Rupert Huber, enquanto Peter Kruder, por sua vez, forma a Voom:Voom (em colaboração com os Fauna Flash), fundando ainda a Peace Orchestra.
Texto de Gonçalo Passinhas (editado pelo blog) do site www.radiocomercial.clix.pt
discografia
Os albuns existem em varias versoes com diferentes numeros de faixas

1993 - G-Stoned E.P
1996 - Convertions
1996 - DJ Kicks
1998 - The K&D Sessions